sexta-feira, 20 de julho de 2012

Artista é artista, não importa se fica feio ou bonito!

Acordei hoje, linda, maravilhosa, me sentindo a Branca de Neve (se bem que na atual situação, preferia ser as madrastas dos filmes em cartaz). Bom, acordei linda! --------------------PAREM DE RIR! Pronto. Liguei meu computador do milhão e fui fazer café, porque tem que esperar 20 minutos a válvula desse bicho esquentar. Me deparei com o perfil da Mary Jay que trocou seu avatar no Face-Chute-No-Saco. Antes, uma foto linda, bela e agora a foto da mesma caracterizada de Regan (que eu amo, sou fã e tenho todas as bonecas dela). Mexendo um pouco mais, eu vi que a Divina Nubia estreiou um novo espetáculo em São Paulo, onde ela interpreta um cabaretier, um bofe, um homem!!! Fiquei pensando com minhas unhas postiças: "A Mary passou de gay para drag-de drag para travesti e ficou linda. A Núbia sempre me deixou de boca aberta com sua elegância, postura e feminilidade quando está no palco, ou mesmo fora dele. Não virou travesti como a Mary, mas ambas são tão poderosas, tão glamourosas, tão pootas quando estão montadas, que perdi a fala ao xeretar no orkut Facebook das duas e resolvi fazer esse post. Como eu faço direção artística desde que inaugurei minha própria boate em 1996 (a Fake Club), eu trabalhei com vários protótipos de artistas-drags-transformistas. A maioria topava o jogo e fazia as palhaçadas que o show pedia. Algumas não. Os anos se passaram e tudo muda, se transforma, melhora ou piora. Na minha visão, piorou. Hoje temos um seleto grupo que faz caricata. Ótimas, bárbaras, engraçadas. E acaba nelas. Nenhum nome surgiu ao longo de uns 5 anos. Sempre as mesmas caricatas reinam absolutas desde que pisei na primeira boate gay (Rave) em 1995. As tops são tops. Lindas, exuberantes e copiadas POR TODAS QUE VIERAM A SEGUIR. Raridade aquelas que se propõe a colocar uma peruca colorida ou encarnar outro personagem que não seja aquele que ela idealizou pra vagar pelo dark room ou fazer show em troca de vale drink. E ainda tiram o sarro nas mais velhas que botam a cara a tapa e se realizam como artistas fazendo isso. Eu já fiz de tudo em palco de boate gay. Desde imitar a Nubia (com a mesma peruca, roupa e música), até Sidney Magal. Quando me perguntam porque falta espaço para mais shows, a resposta é simples: FALTA TALENTO. Não vou citar nomes. Nem das caricatas, nem das tops, nem das Cucas. A Talessa já foi Cuca e hoje é uma estrela. É só questão de saber respeitar aquela que você está copiando e melhorar com o tempo. Não pensem que o público (quando digo público não estou me referindo à amiga do bairro), o público mesmo, que não conversa com a gente, que espia o show lá do canto, discretamente, gosta de ver uma bicha mostrando o osso, com um pedaço de trapo amarrado no corpo e batendo o cabelo com 10 fios da peruca "de cabelo". Finalizando (que isso tá virando uma bíblia)... Parabéns a Divina Nubia e a Mary Jay que fazem arte. É legal ver gente bela no palco, mas também é legal ver gente boa, talentosa, sem medo de "parecer feia", porque chuveiro foi criado pra lavar a cara e sair da fantasia. Viva os artistas!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Os Grandes se tornam pequenos!

Face-01-Paulo

Expêriencia triste dessa madrugada….

Olha… cata bem essa face linda que a fada Glinda estampou nesse crânio recheado por um cérebro do caraio… Tá, algumas coisas eu exagerei, confesso. Mas o importante é que fui aomilhadissíma nessa quarta-feira chuvosa. Vou resumir: lá pelas tantas da madrugada dos mortos, um fofo de um amigo meu com sérios problemas de aceitação familiar, social, sexual e intelectual se aproximou de mim, dócil, meigo, lindo e bêbado… Como sempre tivemos o costume de fazermos uma foto e publicar no FaceChute-No-Saco, roubei um celular de uma colocada e pedi para que uma tão mais colocada tirasse tal retrato tão corriqueiro em minha vida de colunas sociais e policiais… PARA O MEU ESPANTO, o dócil amigo (oi oi oi) pediu para que eu não encostasse muito, devido as fofocas que viados loucos estavam inventando que estávamos namorando. Agora, gente, pensem (pode ser difícil pra alguns), se eu namorasse todos que saem em retrato comigo, e carinhosamente eu legendo como “príncipe, lindo, amor da minha vida…”, eu juro, mas eu juro por Santa Teresinha que montaria um free shop (1,99) com os presentes que ganharia dos “namorados” dia 12 agora. (essa xana não desce o parágrafo, então vai tudo na mesma linha). Mas aquilo me deixou tão revoltada que quase desço a escada da boate fazendo cosplay da Regan e vomitando de nojo! Aliás, já fiquei com a criatura no carro, enquanto ele fazia a Regan. Juro que podia ter me aproveitado do corpo do fofo, mas respeitei a amizade e apenas fiz a Madre. Bom… basicamente o preconceito que tá enculacadro dentro do cu do curucucu de uma pessoa. Vem à tona quando a gente menos espera. Pra mim, a criatura morreu, faleceu, virou pó, purpurina ou esterco. Foda-se. Fiquei amarga e só nao dei uma voadora de cu nele porque tô com hemorróida. Mentira! É que ele é imenso e ao invés de descer a escada fazendo cosplay da Regan, ele faria Jogos Mortais comigo. De Grande, passou a ser pequeno. Minúsculo. Ínfimo. Molecular. Um átomo.